Qual é o significado da vida? – Aristóteles

É uma indagação que tem sido debatida há séculos por filósofos e ainda é muito relevante atualmente. Vamos explorar como o famoso filósofo Aristóteles encarou essa questão. Aristóteles nasceu em 384 a.C. na cidade de Estágio, na Macedônia. Seu pai era médico e atendia o rei macedônio Amyntas III, e Aristóteles foi criado com apreço por medicina e ciência. Ele mais tarde estudou na Academia de Platão em Atenas, onde se tornou amigo de outro jovem estudante chamado Alexandre (que mais tarde se tornaria conhecido como Alexandre, o Grande). Depois de deixar a Academia, Aristóteles viajou para a Ásia Menor e Lesbos antes de retornar à Macedônia, onde se tornou tutor de Alexandre. Foi durante seu tempo ensinando Alexandre que Aristóteles começou a refletir séria e profundamente sobre a questão do significado da vida. Ele sabia que era uma questão que havia sido debatida por filósofos há séculos, mas sentiu que poderia acrescentar algo de novo à discussão. Então, Aristóteles se dedicou a encontrar uma resposta que fosse ao mesmo tempo lógica e satisfatória.

Definição de Aristóteles de Felicidade

Aristóteles começou sua busca pelo significado da vida olhando para o conceito de felicidade. Ele raciocinou que, como os humanos são seres racionais, é razoável supor que nossas vidas devem ter um propósito ou objetivo. Além disso, ele acreditava que esse propósito é sempre alcançar algo de bom. Mas qual é esse “bom” pelo qual estamos lutando? Aristóteles concluiu que o “bom” ou o propósito final da humanidade é a Eudaimonia. A Eudaimonia é frequentemente traduzida como “felicidade”, mas é importante notar que a concepção de Aristóteles de felicidade é bastante diferente da maneira como a maioria das pessoas modernas entende a palavra. Para Aristóteles, a Eudaimonia não é um sentimento ou emoção passageira; em vez disso, é uma condição de longo prazo que resulta de viver uma vida virtuosa. Então, como se alcança a Eudaimonia? De acordo com Aristóteles, há dois principais componentes para alcançar a Eudaimonia:

1. usar a razão bem
2. participar de ações virtuosas.

Usar a Razão Bem

Aristóteles acreditava que os humanos são únicos entre todas as outras formas de vida no mundo inteiro porque temos a capacidade de raciocinar em um nível mais profundo. Essa capacidade nos separa dos animais e nos dá grande potencial para crescimento e desenvolvimento. Para realizar o nosso pleno potencial como seres humanos, Aristóteles argumentou que devemos usar a nossa razão de maneira eficaz. Isso significa buscar constantemente o conhecimento, fazer perguntas pessoais e entender tanto sobre nós mesmos quanto sobre o mundo ao nosso redor. Aristóteles também acreditava que usar a nossa razão de maneira eficaz significa aprender a distinguir o que é certo do que é errado, o que é verdadeiro do que é falso, e o que é importante do que é desimportante.

Participar de Ações Virtuosas

O segundo componente de alcançar a Eudaimonia é participar de ações virtuosas. Virtude, para Aristóteles, se refere a excelência ou bondade – fazer o que devemos fazer (ao invés de vício ou maldade – não fazer o que não devemos fazer). A chave aqui é a virtude moral – ação feita não por medo de punição ou esperança de recompensa, mas porque é intrinsecamente bom ou digno. Portanto, viver uma vida virtuosa significa agir de acordo com a virtude moral – fazer coisas porque são boas em si mesmas, e não apenas porque nos beneficiam de alguma forma. Para Aristóteles, a virtude moral é o meio pelo qual podemos alcançar a Eudaimonia. Ele acreditava que, se vivermos uma vida virtuosa, estaremos mais propensos a ser felizes e a alcançar a realização pessoal.  

Conclusão

Aristóteles foi um dos primeiros filósofos a refletir seriamente sobre o significado da vida e como podemos alcançar a felicidade. O propósito final da humanidade é a Eudaimonia, que é alcançada usando a razão de maneira eficaz e participando de ações virtuosas. Embora suas ideias possam parecer um pouco diferentes da maneira como a maioria das pessoas modernas entende a felicidade, elas ainda são consideradas uma contribuição importante para a discussão sobre o significado da vida.