Ótimo começo de 2023 para o Bitcoin
O Bitcoin começou 2023 positivamente, com o preço da maior criptomoeda subindo cerca de 26% desde o início de janeiro.
No sábado, o preço do bitcoin subiu acima de US$ 21.000 por moeda pela primeira vez desde 7 de novembro.
Isso ainda está longe do recorde de bitcoin de $ 68.990 estabelecido em novembro de 2021. Mas deu aos investidores do mercado motivos para otimismo.
O final do ano de 2022 não foi nada bom com grandes escândalos na indústria cripto, incluindo o colapso da FTX e uma forte retração no mercado mais amplo em meio à ação do banco central Americano.
Fatores como a probabilidade de taxas de juros mais baixas e compras por grandes compradores, denominados de “baleias”, impulsionam o rali de Ano Novo no bitcoin, dizem os analistas.
Nova política monetária Americana?
A inflação está esfriando e os indicadores econômicos apontam para uma desaceleração dos Estados Unidos. O que deixou os investidores otimistas de que o FED poderia mudar sua estratégia de aumento de juros, abaixando as taxas.
Na semana passada, os novos dados de inflação dos EUA mostraram um recuo modesto, com o Dow Jones estimando que o índice de preços ao consumidor dos EUA caiu 0,1% em relação a dezembro.
O FED dos Estados Unidos elevou as taxas de juros sete vezes em 2022, forçando ativos de risco, como ações, reduzirem seu valor.
Em dezembro, a taxa de juros nos Estados Unidos aumentou para 4,25%-4,50%, atingindo o nível mais alto desde 2007.
Aumento de juros
O Bitcoin acabou sofrendo com o aumento dos juros, pois os investidores enxergaram a criptomoeda como um ativo de risco, e preferiram a segurança dos títulos pagando uma alta taxa de júros para o patamar Americano.
Porém, isso contrariou o principal lema do “Bitcoin”, que é uma proteção contra a alta da inflação. E o Bitcoin contrariou essa teoria, com queda superior a 60% em 2022.
Enquanto os Estados Unidos e restante da economia global lutava com preços mais altos e o custo de vida cada vez maior.
O Fed deve manter as taxas de juros altas. No entanto, alguns economistas dos EUA esperam que o banco central diminua as taxas de juros nos próximos meses.
Todavia, outros veem a possibilidade de aumentar ainda mais, isso ocorre porque o risco de recessão também está cotado pelo FED.
Cerca de dois terços dos principais economistas do Fórum Econômico Mundial acreditam que uma recessão global é provável em 2023, de acordo com uma pesquisa divulgada na segunda-feira pelos organizadores de Davos.
O dólar americano sofreu nesses meses, já que o dólar caiu 9% em relação a uma cesta de moedas usadas pelos parceiros comerciais dos EUA nos últimos três meses.
A maioria dos Bitcoins é negociada em relação ao dólar, então um dólar mais fraco é melhor para o Bitcoin.
“Baleias” estão comprando
De acordo com Kaiko, o último rali do bitcoin pode ser impulsionado por grandes compradores de moedas digitais chamados de “baleias”.
A empresa de dados Crypto informou no Twitter na segunda-feira que os volumes de negociação na bolsa de criptomoedas Binance aumentaram de uma média de $ 700 em 8 de janeiro para $ 1.100 hoje, indicando um retorno da confiança das baleias no mercado.
Baleias são investidores que acumularam grandes pilhas de bitcoins. Os céticos da moeda digital dizem que as baleias deixam o mercado vulnerável a um grupo seleto de poucos investidores com grandes volumes acumulado.
Segundo a empresa fintech River Financial, os 97 endereços de carteira de bitcoin mais ricos representam 14,15% da oferta total.
A dificuldade de mineração de Bitcoin aumenta
Existem outros fatores em jogo
Vários mineradores de Bitcoin foram pegos pela queda de preço. Os mineradores de Bitcoin, que usam máquinas que consomem muita energia para verificar transações e adquirir novos tokens, sofreram pela queda dos preços e aumento dos custos de energia.
Este é teoricamente um fator historicamente bom para o bitcoin.
Recentemente, no entanto, a “dificuldade” das redes bitcoin aumentou, o que significa que mais poder de computação é usado para circular novos tokens.
De acordo com BTC.com, a pequena dificuldade atingiu um recorde histórico de 37,6 trilhões no domingo, o que significa que levaria uma média de 37,6 trilhões de hashes, ou tentativas, para encontrar um bloco de bitcoin válido e adicioná-lo ao blockchain.
A dificuldade de minerar Bitcoin mostra como é difícil criar o próximo bloco de transações.
No entanto, caiu para 3,6 antes da última atualização, quando uma tempestade de inverno desligou alguns mineradores. Mas agora parece que os mineradores estão de volta com máquinas novas e mais poderosas.
2024 o ano do “Halving”
O calendário cripto pode dar aos traders um motivo para comemorar o ano novo. Ainda falta um ano, mas é um evento que tende a animar os investidores cripto.
O halving acontece quando as recompensas do bitcoin para os mineradores são reduzidas pela metade, a cada 210 mil blocos minerados de Bitcoin. É visto por alguns investidores como positivo para o preço do bitcoin, uma vez que reduz a oferta, gerando escassez.
O próximo evento acontecerá, provavelmente, em maio de 2024.