Itaú BBA: Bolsa brasileira pode sofrer queda após invasão em Brasília, porém prevê que o impacto pode ser reduzido
Possível impacto nos ativos locais após a invasão em Brasília
Os analistas do Itaú BBA acreditam que a invasão e a destruição em Brasília podem ter algum impacto nos ativos locais, mas isso deve ser limitado.
Eles afirmam que os preços devem ser afetados pelo aumento do risco institucional. Porém, essa situação deve ser temporária, pois as discussões sobre a política econômica devem retomar o protagonismo em breve.
De acordo com o relatório, é esperado que os mercados de ações sofram, as taxas de juros subam e o real se desvalorize, embora apenas por um curto período de tempo, assim como já aconteceu em outros países em situações semelhantes.
Por isso, os analistas sugerem que os investidores invistam em empresas relacionadas às commodities, como Suzano, Vale e Gerdau, devido à previsão de desvalorização do real.
Apesar da tensão na capital federal, os ativos locais são suavizados pelo bom humor dos investidores no mercado exterior.
Exterior
O governo chines está rumo ao fim da política de covid zero e, com isso, o mercado fica satisfeito.
Do outro lado do mundo, os indíces de Nova York provavelmente abrirão em Alta.
Governo eleito
De acordo com um relatório do Itaú BBA, a invasão do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto enfraqueceu a oposição radical, o que pode levar a um aumento de apoio político ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No entanto, isso também pode complicar a implementação de medidas impopulares, como o aumento de impostos sobre os combustíveis, devido ao medo de novas invasões.
Com isso, a cada novas medidas impopulares a tendência é que ocorra novas manifestações no Brasil.
Por isso, o Itaú BBA espera que o governo procure reforçar o seu apoio institucional no início do mandato, deixando os temas econômicos em segundo plano.
Manifestações
No domingo (08), manifestantes pró-Bolsonaro invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
Pedindo, principalmente, a intervenção militar e até mesmo a prisão do presidente Lula.
Além disso, houve depredação de mobília e vidros, além da destruição de itens históricos e obras de arte.
Em resposta a esses atos, Lula decretou intervenção no setor de segurança do governo do Distrito Federal.
Na manhã de segunda-feira (09), algumas prisões foram efetuadas com o objetivo de responsabilizar os participantes da invasão.
